
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
NOVAS INSTALAÇÕES FÍSICAS
Estudantes da Doutrina e trabalhadores colaboraram na mudança e instalações da nova casa, onde agora todas as tarefas acontecem, continuando com o mesmo endereço.
A direção da Casa agradece o esforço de todos os amigos que colaboraram com os trabalhos de instalações, mudança e faxina.
domingo, 26 de julho de 2009
O Verdadeiro Espírita
O verdadeiro espírita não é o que alcançou a meta, mas o que deseja seriamente atingi-la. Sejam quais forem os seus antecedentes, será bom espírita desde que reconheça suas imperfeições e seja sincero e perseverante no propósito de emendar-se.
Para ele o Espiritismo é uma verdadeira regeneração, porque rompe com o passado; indulgente para com os outros, como gostaria que fossem para consigo, de sua boca não sairá nenhuma palavra malevolente nem ofensiva contra ninguém.
Aquele que, numa reunião, se afastasse das conveniências, não só provaria falta de civilidade e de urbanidade, mas falta de caridade; aquele que se melindrasse com a contradição e pretendesse impor a sua pessoa ou as suas idéias, daria prova de orgulho.
Ora, nem um nem outro estariam no caminho do verdadeiro Espiritismo cristão. Aquele que pensa ter uma opinião mais justa fará que os outros a aceitem melhor pela persuasão e pela doçura; o azedume, de sua parte, seria um péssimo negócio.
Allan Kardec
Revista Espírita, dezembro de 1861, do título “Organização do Espiritismo”.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A morte, esse dilema doloroso
Poucas pessoas estão preparadas para lidar com a morte. Isso se deve, principalmente, à visão que temos dela. Vemos nela um problema ou uma solução. Quando pensamos em nossa morte ou na de alguém a quem amamos, ela apresenta-se como um “problema”. Quando pensamos na morte de um desafeto ou pensamos em ir buscá-la num momento de desespero, aí ela se apresenta como uma “solução”. No entanto, ela é apenas uma mudança de estado.
Para entendermos a morte devemos nos conscientizar de que somos espíritos; que estamos usando um corpo que tem prazo de validade. Um dia ele não funcionará mais e teremos, inexoravelmente, que deixá-lo. Ninguém morre! A morte não existe! Por isso usamos a expressão desencarne cujo significado é deixar o corpo de carne.
Apenas deixamos um corpo sem vida e continuamos a viver sem a nossa vestimenta física. A vida continua e, por isso, levamos conosco o que somos e o que construímos durante a encarnação: de bom e/ou de ruim.
O medo que ela nos inspira nasce, normalmente, da incerteza acerca do futuro. Como nossa educação cristã nos deu uma ideia fantasiosa da vida após a morte, ficamos inseguros em relação àquilo que encontraremos no além-túmulo. A ideia de um céu e um inferno eterno faz com que uns se tornem descrentes e outros, temerosos. Aliás, o inferno foi criado como forma de impor o medo e estabelecer o domínio sobre as pessoas. Quem tem coragem para refletir sobre o assunto não acredita que Deus possa nos reservar um destino tão cruel, castigando uns com o sofrimento eterno e premiando outros com louvores e prazeres.
Com o Espiritismo temos uma visão clara e realista da vida após a morte do corpo e isso nos dá segurança para refletirmos sobre ela. Também nos deixa mais tranquilos quanto ao desencarne das pessoas a quem amamos, pois temos consciência de que a separação é apenas momentânea, de que as encontraremos no futuro e de que do plano espiritual elas nos acompanham e continuam a fazer parte de nossas vidas, mesmo que não as percebamos. Nós as (re)encontramos em nosso sono e essa bênção é alentadora para ambas as partes .
É uma ilusão esperarmos que um problema de relacionamento seja resolvido com a morte dos nossos desafetos. O inimigo desencarnado (espírito) pode ser mais perigoso do que quando encarnado (no corpo físico). Pode nos perseguir e prejudicar sem que o percebamos, o que diminui nossa capacidade de nos defendermos.
A morte também não é uma solução para nossos problemas, já que continuaremos sendo a mesma pessoa, carregando nossas virtudes e imperfeições. E quando ela é buscada através do suicídio, a situação se complica bastante. Além dos problemas que o suicida possuía quando encarnado, ele passa a sofrer as dolorosas consequências desse ato tresloucado, pois ao afetar o corpo físico, infringiu a Lei de Deus.
A eutanásia também não é solução para o sofrimento das pessoas a quem amamos. Aliviar a dor através da morte não é o caminho. A eutanásia é um grave erro, pois a vida não se extingue com o suposto “descanso”.
O aborto também não é solução para uma gravidez indesejada, pois é um crime perante as leis humanas e perante as leis naturais, assim como o suicídio.
A dificuldade de se lidar com a morte, dependendo do que sabemos sobre ela, pode tornar-se um grande problema em nossas vidas. Por isso é importante que busquemos as respostas para as nossas dúvidas e indagações.
Os ensinamentos espíritas nos permitem compreendê-la, aceitá-la com naturalidade e, assim, diminuir os estados de preocupação e de dor porque ela é um processo natural. Assim, superamos o medo e auxiliamos os que partiram. Isso é importante, pois o desespero dos que “ficam” prejudica e faz sofrer aqueles que se “foram”.
Essa compreensão também é importante para convivermos com a ideia de que tudo é passageiro, que todos, mais cedo ou mais tarde, retornaremos à pátria espiritual, que lá colheremos os frutos de nossos esforços e nos prepararemos para mais uma experiência física (reencarne).
A vida material é um estágio, é uma viagem com começo, meio e fim. Por isso é importante que a aproveitemos bem, que estejamos sempre preparados para o momento do retorno à verdadeira vida, que é a vida espiritual.
“Nascer, viver, morrer. Renascer ainda. Progredir sempre. Tal é a Lei.”
Allan Kardec