domingo, 27 de março de 2011

OS 150 ANOS DE "O LIVRO DOS MÉDIUNS"



Na imagem acima, poderemos verificar como se apresentava visualmente, o primeiro "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec.

Quando se fala em espiritismo ao leigo ele muitas vezes associa a doutrina codificada por Kardec somente ao intercâmbio com os mortos. Os espíritas são aqueles que conversam com os mortos, dizem os leigos em matéria de espiritismo. A mediunidade é um dos pontos importantes do espiritismo, sem dúvida, mas o espírita sabe que a doutrina não se restringe ao tema mediunidade. Percebe-se então que a mediunidade além de tema relevante para os espíritas é, também, uma ponte de identificação do espírita. Que o diga nosso Chico Xavier e as inúmeras cartas que ele recebeu acalmando o coração de muitas mães e pais não espíritas, mas que vinham pedir seu socorro e compareciam ao centro espírita por que sabiam ser lá o local mais propício para a comunicação de seus entes queridos que os precederam na grande viagem que separa vida e morte.

Entretanto, por falar em vida e morte o espírita sabe ser verdade que ele não conversa com os mortos, mas sim com os vivos, pela simples razão de que todos, sem exceção, somos imortais, ou seja, não morremos, apenas nos despojamos do corpo físico. Natural, portanto, que ao continuar vivendo queiramos dar notícias aos amigos e familiares que ficaram. É a prova incontestável da bondade divina: a vida vai muito além dos sete palmos abaixo da terra. Sim, continuamos vivos e podemos nos comunicar.

Porém, consultar os “mortos” para algumas religiões até mesmo cristãs trata-se de gritante equívoco. Os mais exagerados depositam os créditos da mensagem no “Coisa ruim”. Entretanto o “Coisa ruim” não é tão medonho como pintam, porquanto costumeiramente é portador de boas novas aos familiares ao afirmarem por via mediúnica que estão mais vivos do que nós. O que alguns religiosos chamam de “Coisa ruim” são apenas os homens que aqui viveram e já estão livres do corpo material. São espíritos, mas nem por isso estão desprovidos de sentimentos tampouco esperando um épico julgamento final. Os religiosos contrários a essas comunicações citam a proibição de Moisés para justificarem seu ponto de vista. No entanto não se dão ao trabalho de analisar que se o profeta proibiu o intercâmbio com os chamados “mortos” é por que este existia. Claro: ninguém proíbe o que não existe.

Durante todo o ano de 2011, estaremos comemorando os 150 anos de "O Livro dos médiuns", livro que precisamos ler se quisermos entender a mediunidade que todos nós somos portadores, em graus diferentes.

E no ano de 1861 no mês de janeiro foi publicado O livro dos Médiuns, o segundo livro da codificação espírita, mostrando de forma clara e objetiva – marcas de Kardec – que o intercâmbio com o lado de lá da vida é possível e pode ser exercitado de forma continua contribuindo para instruir e consolar.

Instruir porque ensina que a vida prossegue; instruir porque demonstra na prática a maneira mais eficaz de conduzir a sessão mediúnica; instruir porque ensina que a caridade pode ser feita para os que já partiram.

Consolar porque alimenta de esperança os corações despedaçados pela separação temporária do ente amado; consolar porque estende os laços de amor para além da vida material.

O Livro dos Médiuns completa 150 anos neste janeiro de 2011 e obviamente a data não poderia passar despercebida, porquanto é o mais valioso compêndio já escrito sob o palpitante e importante tema mediunidade. Estudá-lo é fundamental para compreender os mecanismos que regem todo o esquema de comunicação entre os planos da vida. Dia chegará em que esta obra será objeto de estudo de pesquisadores e cientistas ocupando lugar de destaque nas universidades. Alguém duvida? Quem viver verá.

sexta-feira, 25 de março de 2011

ONDE VIVEM OS ESPÍRITOS?



“Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo. Os não encarnados, ou errantes, não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos de contínuo. É toda uma população invisível, a mover-se em torno de nós."

O Livro dos Espíritos, ALLAN kARDEC. Introdução.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O QUE É O PASSE?



O passe é a transmissão de energias humanas somadas às emanações Divinas encontráveis na Natureza, agindo em favor do reequilíbrio muitas vezes, rompido pela vivência egoísta e orgulhosa dos seres em evolução.

Como permuta das energias universais, quer entre desencarnados, quer entre encarnados, elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser utilizados no tratamento dos mais variados tipos de doença do corpo físico ou da alma.
Por atuar diretamente sobre o Perispirito, ou seja, sobre a matriz onde se funde o nosso organismo físico e, por conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de nossos distúrbios somáticos.

Desde os tempos mais antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Em muitos trechos da Bíblia, vemos Jesus e seus discípulos imporem as mãos sobre os necessitados, rogando a Deus que os curassem. Jesus fez largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo. E desde aquele tempo o homem utiliza-se desse recurso para aliviar, consolar, melhorar e até curar doenças físicas e espirituais.
Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco sobre a prática desse costume. Os fenômenos de curas eram envoltos em mistérios e tidos como acontecimentos sobrenaturais. Ao menos publicamente, ninguém se aventurou a dar explicações para o estranho poder que tinham as mãos para curar e aliviar os males físicos e espirituais.

Com a chegada da Doutrina Espírita, os Espíritos superiores explicaram o porquê das coisas. Ensinaram que as mãos serviam como um instrumento para a projeção de fluidos magnetizados, doados pelo operador, e fluidos espirituais, trazidos pelos Espíritos. Segundo eles, os fluidos curativos eram absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais (chakras), acumuladores e distribuidores de energias, localizados no Perispirito e pelo próprio corpo astral que age como uma esponja. Estavam assim explicadas, teoricamente, as curas promovidas por Jesus e pelos curadores de todos os tempos.